segunda-feira, dezembro 26, 2011

Aquecimento para 2012

Olá amigos voadores, estamos começando na virada deste ano mais uma edição do Rio XC, este torneio de confraternização que tem ajudado a injetar um pouco de competitividade entre amigos e com isso elevado o nível dos voos de XC iniciados dentro do estado!

Este ano eu assumi a condução do campeonato e a manutenção deste blog! Espero contar com a ajuda de todos para mantê-lo atualizado e recheado de matérias interessantes, então não se esqueçam de fotografar e escrever um relato, mesmo que pequeno, ao final dos voos!

O tempo neste final de 2011 tem se mantido um pouco instável, como ocorre frequentemente no início do verão. Longos períodos de chuva provocados pelo fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul, que nada mais é do que um nome pomposo para o corredor de umidade que se forma sobre o centro do país trazendo o excesso de chuva evaporada da amazônia com o aumento do calor no verão do hemisfério Sul. Seja como for, isso tem servido para inibir os voos de interior aqui no estado do Rio.

No entanto, ao final deste período chuvoso, costuma predominar uma época seca de muito sol! Usualmente com ventos secos do quadrante Norte/Nordeste e céu límpido. O calor típico do início de ano completa a receita térmica e costuma brindar os voadores cariocas com condições excelentes.

De fato, se formos verificar os padrões dos últimos dois anos, percebemos que os torneios do Rio XC foram decididos no início do ano, quando os pilotos mais sagazes conseguiram grandes marcas em condições especiais.

Semana passada tivemos uma amostra deste tipo de clima quando fez muito calor e sob um céu muito azul os irmãos Vils inaguraram os treinos de verão, com um voo longo e que teria conseguido excelente pontuação para o Rio XC.


É interessante notar que como muitas vezes acontece em Petrópolis, o início nas imediações da rampa costuma ser muito bom, os pilotos colocaram cerca de 2 mil metros. No entanto ao abandonar a região da decolagem, que atua como um sorvedouro das térmicas do fundo do vale, o voo ao longo da parede na direção do Tinguá não foi farto, e só uma hora e meia após a decolagem foi novamente atingido o nível de 2000 metros, demonstrando que a paciência ao longo deste trecho é a melhor estratégia.

Ao tentarem abandonar a serra, contornando a rampa de Japeri por fora, o lift demorou um pouco a ser encontrado, mas quando apareceu foi na hora mais quente de um dia de verão, levando os nossos amigos a uma altitude "brasiliense" de quase 3 mil metros com razão de subida de até 5 m/s!

Proprietários agora de uma altitude imperial eles tiveram todo o tempo do mundo para escolher o próximo passo, e poderiam até mesmo ter seguido na direção de Angra dos Reis. Com 3 mil metros a favor do vento podemos estimar conservadoramente uns 18:1 de L/D na direção de Angra. Ou seja mais de 50 Km de gasolina no tanque!

Como estamos na temporada de aquecimento preferiram voltar contra o vento para facilitar o resgate.

Parabéns pelo voo! E aos demais competidores... sorte que não estava valendo ainda! :)

A moleza acaba esta semana.
Semana que vem será dada a largada!

Boa sorte a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário