sábado, dezembro 31, 2011

Importante: Mudanças no Regulamento da Edição 2012

Caros amigos pilotos, após várias conversas informais com outros pilotos, tomei a decisão de efetuar uma "pequena grande mudança" no regulamento da disputa.

A motivação principal é fazer o torneio ser ainda mais competitivo e talvez até mesmo um pouco mais seguro, enquanto preservando a premissa de incentivar o voo de cross em território carioca, sempre buscando a evolução técnica dos participantes.


Ao ouvir as diferentes opiniões a respeito das idéias e sugestões de mudança no regulamento, rapidamente percebi que seria perda de tempo procurar um consenso. As personalidades dos pilotos de asa costumam ser fortes, e suas opiniões idem. Se eu fosse tratar essa questão democraticamente, acho que seria difícil encontrar até mesmo uma maneira simples de formular e levar a votação as diferentes idéias que ouvi, algumas inclusive com limitações técnicas que poderiam fazer a apuração dos resultados e sua correta exibição no Portal do Voo praticamente impossível.

Foi então que resolvi utilizar as minhas novas prerrogativas de organizador da competição e decidir o que se expõe a seguir:

Versão 2011:

"1- São válidos voos de asa delta realizados de qualquer rampa situada no Estado do Rio de Janeiro. Também é aceito um voo, entre os seis melhores, com decolagem fora do Estado do Rio, desde que o pouso seja dentro do Estado do Rio. Mas para que este voo seja válido, o piloto terá que ter, obrigatóriamente, outros cinco voos decolando de rampas do Rio de Janeiro. A competição vai de 1º de janeiro a 30 de novembro de 2011."

Versão 2012:

"1- São válidos voos de asa delta realizados de qualquer rampa situada no Estado do Rio de Janeiro. Também serão aceitos três voos, entre os seis melhores, com decolagem fora do Estado do Rio, desde que o pouso seja dentro do Estado do Rio. Mas para que este voo seja válido, o piloto terá que ter, obrigatóriamente, outros três voos decolando de rampas do Rio de Janeiro. A competição vai de 1º de janeiro a 30 de novembro de 2012."

A seguir vou elencar alguns pontos que suportam esta mudança:

- nos últimos dois anos o XC Rio foi definido logo no início do ano, durante a excelente, porém curta, temporada seca de verão que costuma nos brindar com cerca de 15 dias excepcionais ao longo de Janeiro e/ou Fevereiro. Depois deste período sabemos que é difícil vermos reunidas as condições necessárias para fazer um voo de alta pontuação nas rampas ao redor do Rio de Janeiro. É nesta hora que a possibilidade de partir para o interior e fazer um voo longo pode manter a competitividade do torneio durante o outono, inverno e primavera. Um piloto que tenha perdido a melhor temporada do Rio ainda poderá correr atrás de um voo especial e retornar à disputa de maneira espetacular no meio ou no final do ano.

- note-se que fazer triângulos decolando de rampas contíguas ao Rio se mostrará contra-producente, pois exigirá que o piloto necessariamente se afaste do Estado do Rio em alguma das pernas do triângulo e, em caso de pouso prematuro, arrisque invalidar o voo totalmente. O voo de maior pontuação em 2011, mesmo considerando o voo sensacional do Gilson e do Konrad em Guidoval, ainda foi um triângulo do Geraldo Nobre decolando do Morin (Petrópolis). Dessa forma, aproveitar ao máximo os voos fora do estado e superar os triângulos de verão que têm se mostrado os voos dominantes do Rio XC, está longe de ser uma tarefa fácil, mesmo em dias de farofa no interior.

- mesmo optando por trabalhar "fora de casa", o piloto não escapará de ter que mostrar sua habilidade em voos 100% cariocas, pois, para validar cada voo decolado de outro estado, o piloto terá que validar um voo correspondente decolado do estado do Rio. No caso do piloto fazer, digamos, 3 grandes voos de, digamos, 200 pontos decolando fora do Estado, caso ele decida voar no Rio apenas com o intuito de validação dos voos de fora, por exemplo decolando da Pedra Bonita para um voo curto, ele vai ficar com os 600 pontos dos 3 voos "estrangeiros" e reunindo apenas mais uns 3 voos de 15 ou 30 pontos, ainda assim poderá ser superado por um conjunto de 6 voos de 120 pontos, que podem ser considerados medianos para Petrópolis por exemplo.

- a dificuldade natural em planejar, organizar e acertar um voo em uma rampa distante, vai continuar incentivando o voo nas rampas tradicionais e eu ousaria prever que teremos menos voos deste tipo do que devem estar supondo aqueles que desde já possam estar descontentes com este novo formato do torneio. No ano passado apenas os dois voos de Guidoval mencionados acima entraram na disputa.

- o Rio de Janeiro é um estado relativamente pequeno, e nossas asas hoje em dia tem uma performance que permite voos de centenas de quilômetros, isto faz com que os voos das rampas mais tradicionais possam, eventualmente, cruzar um espaço aéreo movimentado, assim esta mudança nas regras visa também a incentivar os pilotos a procurar voos em áreas mais desertas e com maior abundância de pousos.

- acima de tudo, a razão de ser do Rio XC sempre foi melhorar o nível dos pilotos cariocas. Planejar, prever, organizar e realizar voos em locais diferentes, numa modalidade que é praticamente um voo do tipo "distância declarada", visto que tem-se como objetivo um pouso em determinado local - ainda que neste caso seja em algum local do Estado do Rio - exigirá dos pilotos maturidade, discernimento, oportunismo, visão e decisão, ingredientes legítimos do mais puro voo de cross.


Tenho certeza de que diferentes opiniões chegarão à lista, enquanto os competidores digerem a novidade e começam a pesar se foram beneficiados ou prejudicados por ela. Espero que os primeiros estejam em maior número, mas desde já me coloco à disposição para debater os méritos ou deméritos desta mudança.

Com vocês, a palavra!

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